Resenha #15: O Ar Que Ele Respira (Brittainy C. Cherry)

Oi, gente! Mais uma resenha no ar. Dessa vez, é sobre o livro "O Ar Que Ele Respira", o primeiro da série Elementos.

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Título: O Ar Que Ele Respira

Ano: 2016

Editora: Record

Autora: Brittainy C. Cherry

Gênero: Romance

Número de páginas: 322

Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐

Sinopse: O primeiro volume da série Elementos, da mesma autora do best-seller Sr. Daniels Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.

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Tristan está de viagem marcada com o pai para Nova York para dar um rumo nos negócios da família, que é criar e vender peças de mobília artesanal. Quando pousam em Detroit para uma conexão, ambos recebem mensagens da mãe de Tristan avisando que eles precisariam voltar pois tanto Charlie, seu filho, quanto Jamie, sua esposa, haviam sofrido um acidente.

Elizabeth perdeu o pai, Kyle Bailey, há alguns anos e isso a deixou muito mal, assim como a mãe, Hannah Bailey. Liz, para os íntimos, após a morte do marido, Steven, decide voltar a morar com a Hannah. Consigo, traz a filha Emma, de 5 anos, a sua “salvação”.

“[...] A pior parte de perder uma pessoa amada é que você também se perde [...]”

Vivendo juntas, Emma descobriu um lado diferente da mãe, como ela caracteriza como "vadia". Elizabeth não quer que a filha viva em meio à essa situação. Sendo assim, decide voltar para Meadows Creek, no Wisconsin, onde morava com o Steven e compartilhava uma vida com ele.

“Mas minha filha merecia mais do que isso. Minha pobre Emma precisava mais do que um sofá-cama, homens estranhos e vizinhos fofoqueiros dizendo coisas que uma garotinha de 5 anos nunca deveria ouvir. Ela também precisava de mim. Eu estava vagando pela escuridão, não era a mãe que ela merecia. Enfrentar as lembranças do nosso par talvez me trouxesse paz.” 

De volta a Meadows, após uma longa viagem de carro com Emma, Liz cruza o caminho de Tristan. Posteriormente, descobre que ele é seu vizinho "esquisito". Mal-humorado que só, Tristan traz dores e reflexos de seu passado recente. 

Todos na cidade o caracterizam como "perturbado", "misterioso", "grosso", "desequilibrado" ou "babaca". Elizabeth, por outro lado, vê algo a mais nele. Com seu lado doce e empático, ela entende o que ele sente. Vê ele, nu e cru. Sua essência. 

"— [...] Você não é um monstro, Tristan. Só não entendo por que finge ser.
— Esse é seu maior erro.
— Qual? — perguntei.
— Você pensa que sabe alguma coisa sobre mim."

Em meio à complexidade do protagonista, tanto ele quanto Elizabeth vão criando um laço. Ambos sabem o que é perder seus parceiros. Ambos entendem a dor um do outro. Ambos em um dia tinham tudo, e no outro perderam o chão.

“[...] Nós dois estávamos em mundos separados, feitos das nossas pequenas recordações, e, ainda assim, conseguíamos sentir a dor um do outro. A solidão reconhecia a solidão. E hoje, pela primeira vez, consegui enxergar o homem por trás da barba.”

Eu adorei esse livro, sério. Os personagens são muito bem construídos, você sente o que eles estão sentindo. A Faye, melhor amiga da Liz, é a personagem mais carismática do enredo. Ela é muito engraçada e, várias vezes, deixou uma leveza na história.

"Às vezes, a pior parte de existir sem a pessoa que amamos é ter que se lembrar de respirar."

Antes de ir, deixarei uma citação que reflete muito o momento - acredito que de todos - que estamos vivendo, então, lá vai:

"Você não precisa estar bem o tempo todo. É normal sentir a dor de vez em quando. É normal se sentir perdida, como se estivesse andando no escuro. São os dias ruins que tornam os bons ainda melhores."

Fica minha positividade para todos vocês! 

Beijos!