Resenha #11 - Em Pedaços (Lauren Layne)

Título: Em Pedaços

Ano: 2018

Editora: Paralela

Autora:  Lauren Layne

Gênero: Romance

Número de páginas: 176

Nota: ⭐⭐⭐⭐

Sinopse: Nessa recontagem moderna de A Bela e a Fera, Lauren Layne nos traz uma história irresistível de perdão, cura e, acima de tudo, amor. Aos 22 anos, Olivia Middleton tem Nova York aos seus pés. Por fora, ela é a garota perfeita — linda, inteligente e caridosa. Mas por dentro ela guarda um segredo terrível: um erro que a afastou das duas únicas pessoas que realmente importavam na sua vida. Determinada a esquecer o passado, ela deixa Manhattan e vai trabalhar como cuidadora de um soldado recém-chegado da guerra. Mas o que ela não esperava era que seu paciente fosse um jovem enigmático de 24 anos tão amargurado quanto cativante. Paul Landon está furioso — com o mundo, com a vida, com o seu pai e, acima de tudo, consigo mesmo. Depois de sofrer na pele os horrores da guerra do Afeganistão, a última coisa que ele quer é a companhia de uma princesa nova-iorquina linda, mimada e irritante. A presença de Olivia parece tóxica para Paul, mas ele não consegue afastá-la, mesmo tentando muito. Por mais que lutem contra uma atração intoxicante, Paul e Olivia não conseguem se manter distantes. Agora, precisam decidir: eles vão ajudar um ao outro a curar as feridas do passado ou vão se manter, para sempre, em pedaços? (Fonte: Saraiva)

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Oiii!!! Hoje vim fazer uma resenha de um dos livros da série Recomeços, da Lauren Layne. Eu já tinha lido o livro Como num Filme, que seria o primeiro da trilogia, e ainda falta o Imperfeitos. Ele é próximo da lista, pra manter a lógica da história. Porém, é possível ler qualquer um dos três fora de ordem, ainda que alguns personagens estejam presentes em mais de um livro. 

Como é entendido na sinopse, Olívia deixa a faculdade de New York University, onde cursava o último ano de Administração, para poder realizar um trabalho humanitário em Bar Habor, no Maine. Ela acreditava que, fazendo isso, iria pagar por um erro cometido no passado.

"Para mim, cuidar de um veterano de guerra não é filantropia. É uma forma de penitência." 

Já Paul, era um atleta, que amava correr, e decidiu se alistar como fuzileiro naval no Afeganistão, há 2 anos. Na guerra, ele acabou sofrendo um acidente que deixou sua perna deformada e seu rosto com cicatrizes. Por causa disso, seu pai, Harry, decide contratar "babás" para cuidarem de Paul. Assim, elas fariam companhia e tentariam distraí-lo, pois ele se recusa a sair de casa e tentar voltar à sua vida de antes da guerra.

Porém, Paul é um cara difícil de lidar, principalmente por causa dos traumas que ele passou alistado. Com isso, ele faz de tudo para mandar todas as pessoas que seu pai contrata embora. Até que, por fim, Harry dá um ultimato: se Paul não aguentar a nova babá por 3 meses, ele expulsará o filho de casa. 

"Porque se meu pai descobrir como estou morto por dentro, não vai se contentar em contratar cuidadores para manter as aparências. Vai me internar em algum hospício onde os copos são de papel e os talheres são de plástico." 

""Você precisa de companhia", meu pai rosna. "De alguém que humanize você"" 

Ao longo do livro, a gente acaba percebendo o quanto algumas falas de Paul são sofridas, carregadas de dor e tristeza. Ele já não aguenta mais viver e se culpa por estar vivo e seus amigos estarem mortos devido a guerra. E Olívia vai ter a missão de mantê-lo vivo em todos os sentidos. 

"Não consigo ver seu rosto, mas sua voz tem um tom gélido. "Parece que meu pai esqueceu de comentar a parte mais importante do seu trabalho. Mas acho que que ele nunca conta às babás o que realmente vão ter que fazer."Dou um passo para a frente, querendo dar uma olhada no homem com quem estou falando, mas ele recua, se acobertando na escuridão."E qual é?", pergunto, estreitando os olhos."Impedir que eu me mate."" 

Quando Olívia e Paul finalmente se conhecem, os dois se sentem atraídos um pelo outro. Ele esperava que ela fosse que nem as milhares de cuidadoras que passaram pela mansão, que tinham mais de 30 anos e fossem "velhotas", como ele diz. E ela acreditava que ele fosse um veterano, não um cara de 24 anos que mexesse com os seus sentimentos.

Ao longo das semanas que os dois passam juntos, morando sob o mesmo teto, a relação deles vai ficando mais íntima, o que torna tudo pior pra ambos. Principalmente pra Paul, que não quer dar o braço a torcer. A verdade é que Olívia está se tornando mais do que uma cuidadora.

Olívia começa a depender emocionalmente de Paul e quando os dois estão brigados - ou ele a evita o dia todo por puro mau humor -, ela começa a sentir sua falta.

"Juro que tento deixá-lo em paz. Só que eu subestimei o efeito que a solidão teria em mim. Estava com tanta pressa de escapar do mundo que nem parei para pensar que muitas vezes a fuga anda de mãos dadas com a solidão." 

Confesso que tinha um certo pé atrás com ela por causa do livro Como num Filme, mas lendo Em Pedaços eu percebi o quanto ela é uma personagem foda! Ela aguenta tanta coisa ruim que sai da boca de Paul, que eu não sei se no lugar dela eu aguentaria. 

Mesmo a relação deles melhorando ao longo do livro, nós ficamos com um pé atrás no que diz respeito aos sentimentos de Paul. No fundo, ele ama Olívia, mas não sabe como conciliar o amor que sente por ela e seu medo de mostrar ao mundo suas cicatrizes.

"Em algum lugar lá dentro, um demônio me diz que vou decepcioná-la. Que vou destruí-la. Pela primeira vez desde o Afeganistão, eu o ignoro. Pela primeira vez, eu me deixo acreditar que o passado - minhas cicatrizes - não me define." 

""Entendi", digo, tentando engolir o desespero. "Essas são minhas opções. Posso viver na luz sem você, ou ficar aqui na escuridão."" 

"O pânico me rasga ao meio. De alguma forma, é pior do que o que aconteceu no Afeganistão ou desde então. E sei por quê. Porque Olivia me ensinou a amar. Ela fez algo dessa magnitude. Me ensinou a viver."

Resumindo, eu gostei bastante do livro e do propósito dele, mesmo me tirando do sério às vezes hahaha.

Espero que curtam também! Super indico. ♥